SÃO PAULO, 4 MAR (ANSA) – O governo federal decidiu comprar as vacinas anti-Covid produzidas pela Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech e também pela Janssen-Cilag, braço belga da Johnson & Jonhson, informou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião com prefeitos nesta quarta-feira (3).   

Segundo o líder da pasta, o contrato no caso da primeira está sendo elaborado. Já com a J&J as conversas estão em andamento.   

A decisão por comprar os imunizantes veio após a aprovação de um projeto de lei, que ainda precisa de sanção presidencial, na Câmara dos Deputados que compartilha as responsabilidades sobre possíveis reações adversas entre a Federação, estados e municípios.   

A medida ainda liberava que governadores e prefeitos comprem vacinas de maneira independente. Um consórcio de cerca de 650 líderes municipais, inclusive, já foi formado.   

Durante a reunião virtual com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Pazuello falou que o contrato com a Pfizer/BioNTech estima a compra de 100 milhões de doses. “A proposta de cronograma que está sendo apresentada para nós é uma boa proposta. E agora a gente segue nos trâmites de fazer esse contrato o mais rápido possível”, acrescentou o ministro.   

A demora em assinar o contrato com a farmacêutica norte-americana e o laboratório alemão era justificada pelo governo por conta de uma cláusula de responsabilização por possíveis efeitos colaterais da vacina. Desde junho do ano passado, há conversas do tipo.   

Segundo a Pfizer, as regras são as mesmas assinadas por outros países do mundo – a BNT 162b (ou Cominarty) foi a primeira a ser aprovada para uso emergencial em diversas nações, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e o Reino Unido.   

Além disso, é a única vacina no Brasil que possui registro definitivo de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).   

Já a vacina da J&J recebeu a primeira liberação de uso emergencial neste fim de semana nos Estados Unidos e está em vias de receber também na União Europeia ainda neste mês.   

No Brasil, atualmente, só são aplicadas duas vacinas: a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac Biotech e que está sendo produzida pelo Instituto Butantan; e a AZD 1222 (ou Covidshield) da Universidade de Oxford e da AstraZeneca e que será produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).   

(ANSA).