Governo de Santa Catarina interdita áreas de cultivo de moluscos

São Paulo, 27/05 – A Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina interditou, de modo preventivo, as áreas de cultivo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões no Estado, proibindo a retirada, comercialização e consumo desses animais e seus produtos por causa da presença de toxinas que podem causar intoxicação alimentar. Exames laboratoriais realizados pelo Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC detectaram a presença da toxina diarreica (DSP) em cultivos da localidade de Caieira da Barra do Sul (Florianópolis), e também detectaram alta contagem de algas produtoras de toxinas em localidades de produção de moluscos da Enseada do Brito (Palhoça), Ganchos de Fora (Governador Celso Ramos) e Laranjeiras (Balneário Camboriú). Segundo a secretaria, a interdição de todo o litoral catarinense ocorre para preservar a saúde pública, já que existe a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada. A toxina diarreica é produzida por algumas espécies de microalgas, chamadas de , e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. Conforme a secretaria, a presença de é conhecida em Santa Catarina e, por isso, os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) no litoral. Os últimos episódios de excesso de DSP no Estado aconteceram em 2014, 2008 e 2007. O governo informa, ainda, que novas coletas de ostras e mexilhões serão realizadas para monitoramento das áreas de produção e os resultados dessas análises definirão a liberação ou manutenção da interdição das áreas prejudicadas. A expectativa é de que as toxinas produzidas pelas algas desapareçam em alguns dias, não gerando prejuízos financeiros para os maricultores porque a produção permanecerá na área de cultivo. Os sintomas causados pela DSP são diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias, independentemente de tratamento médico.