NOVA YORK E WASHINGTON, 20 MAR (ANSA) – O governador de Nova York, Andrew Cuomo, determinou nesta sexta-feira (20) que todos os funcionários de setores que não são essências para a economia devem ficar em casa e proibiu aglomerações em todo o estado americano. “Só os trabalhadores de setores essenciais devem continuar a ir ao trabalho ou se locomover por causa do trabalho”, afirmou ele, ao decretar o isolamento dos 19 milhões de moradores do território americano. Segundo Cuomo, “esses fechamentos temporários não vão ser fáceis, mas eles são necessários para proteger a saúde e segurança das pessoas de Nova York e dos americanos”.
Até o momento, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, Nova York já registrou mais de 5 mil casos da Covid-19 e 38 mortes. O número cresceu 750% desde o início da semana. Durante coletiva de imprensa, o governador disse que a ordem executiva é uma espécie de “shelter in place”, expressão usada em casos de tiroteio em massa para que os cidadãos fiquem em lugares seguros. A medida também proíbe que idosos com mais de 70 anos ou com doenças que os incluam no grupo de risco da Covid-19 saiam de suas casas e participem de reuniões familiares.
“Esta é a reação mais drástica que podemos tomar. Permaneçam dentro de casa. Precisamos que todos permaneçam em segurança. Do contrário, ninguém estará seguro”, afirmou Cuomo. Fronteira – Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou também uma série de novas medidas para tentar conter o avanço do coronavírus, entre elas, o fechamento parcial da fronteira entre o território americano e o México. A regra entrará em vigor na noite deste sábado (21).
A decisão foi tomada em comum acordo e “não afetará as relações comerciais”, segundo Trump. Ele ressaltou que a medida atingirá “tráfego não essencial”, como viagens a turismo. Além disso, o republicano determinou a suspensão dos juros para os empréstimos estudantis e o adiamento do prazo para fazer a declaração do Imposto de Renda no país. (ANSA)