ROMA, 6 ABR (ANSA) – O governo da Itália abriu as portas para a possibilidade de permitir torcida nos estádios na próxima edição da Eurocopa, que era para ter acontecido em 2020, mas foi adiada para este ano em função da pandemia de Covid-19.   

O ministro da Saúde, Roberto Speranza, enviou uma carta ao presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina, afirmando que concorda com a ideia de autorizar público nas partidas da Euro.   

O Estádio Olímpico de Roma vai receber a abertura do torneio, em 11 de junho, com o duelo entre Itália e Turquia, além de jogos da fase de grupos e das quartas de final. Na mensagem a Gravina, Speranza diz que caberá ao comitê técnico-científico do governo (CTS) definir os “protocolos que permitam a realização do evento em segurança”.   

Ou seja, o CTS será o responsável por decidir se haverá condições sanitárias de permitir torcida nos estádios na Eurocopa e, em caso positivo, quais serão os limites à presença de público.   

“A disponibilidade do governo italiano é um ótimo resultado que faz bem ao país, não apenas ao futebol”, disse o presidente da Figc em um comunicado. “Deram-nos um forte sinal, o qual encaminharemos prontamente à Uefa”, acrescentou Gravina.   

Com quase 3,7 milhões de casos confirmados e cerca de 112 mil mortes, a Itália é um dos países mais atingidos pela pandemia de Covid-19, mas a curva epidemiológica apresenta tendência de queda há mais de duas semanas.   

Além disso, o governo do premiê Mario Draghi projeta terminar a primeira quinzena de junho com cerca de 50 milhões de doses de vacinas anti-Covid aplicadas, o que significaria a imunização de pelo menos 25 milhões de pessoas, pouco mais de 40% da população nacional.   

Cerca de 7,8 milhões de indivíduos já foram vacinados no país, sendo que 3,5 milhões tomaram as duas doses. (ANSA).