ROMA, 13 NOV (ANSA) – O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, assinou nesta sexta-feira (13) uma medida que estende o lockdown para mais duas regiões do país: Campânia e Toscana, onde ficam Nápoles e Florença, respectivamente.
Com isso, a Itália terá a partir de 15 de novembro seis regiões (de um total de 20) consideradas como “áreas vermelhas”, englobando cerca de 26,5 milhões de habitantes, o equivalente a 44% da população nacional. As outras quatro que já estão nesse regime são Calábria, Lombardia, Piemonte e Vale de Aosta.
O protocolo para as chamadas zonas vermelhas prevê regras semelhantes às do lockdown vigente entre março e maio, como fechamento de restaurantes e do comércio não essencial e proibição de sair de casa a não ser por motivos de saúde, trabalho ou urgência.
A diferença para a primeira quarentena é que, desta vez, as indústrias continuam abertas, e restaurantes podem manter serviços de comida para retirada.
A inclusão da Campânia nas zonas vermelhas era cobrada por autoridades sanitárias e políticas desde a entrada em vigor da escala de risco do Ministério da Saúde, há uma semana. O próprio governador Vincenzo de Luca, de centro-esquerda, pedia medidas mais drásticas para a região.
Relativamente poupada no começo da pandemia, a Campânia já é a terceira região com mais casos do Sars-CoV-2 em termos absolutos, com 104.065, atrás apenas da Lombardia (304.591), epicentro da crise na Itália, e do vizinho Piemonte (117.312).
Zona laranja – Além da inclusão da Campânia e da Toscana na zona vermelha, o ministro Speranza mudou de “amarelo” para “laranja” o status de três regiões: Emilia-Romagna, Friuli Veneza Giulia e Marcas, que se juntam a Abruzzo, Basilicata, Ligúria, Puglia, Sicília e Úmbria.
Nessas áreas, estão proibidos deslocamentos interregionais e intermunicipais, mas os cidadãos podem circular livremente dentro de seus municípios de residência. Restaurantes foram fechados, a não ser para serviços de retirada e delivery.
Apenas Lazio (onde fica a capital Roma), Molise, Sardenha, Vêneto e Trentino-Alto Ádige são considerados zonas amarelas, onde estão em vigor somente regras de alcance nacional, como o toque de recolher entre 22h e 5h.
As áreas de risco são definidas com base nos índices de transmissão do Sars-CoV-2 e em parâmetros como número de internações, ocupação de leitos de UTI e percentual de casos positivos nos exames efetuados.
Para progredir de área vermelha para laranja, por exemplo, a região precisa ter pelo menos 14 dias de estabilidade nos dados da pandemia. A Itália bateu novo recorde de casos diários do novo coronavírus nesta sexta-feira, com 40.902, elevando o total de contágios para 1.107.303.
Também foram registradas mais 550 mortes, fazendo o número de vítimas subir para 44.139. (ANSA).