O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou nesta terça-feira um plano de reativação econômica de cerca de 250 bilhões de euros, equivalente a 10% do PIB, destinado a levar a Índia até a “autossuficiência”.

A crise do coronavírus oferece uma “oportunidade” ao gigante de 1,3 bilhão de habitantes e ressalta a necessidade de tornar o país “autossuficiente” para torná-lo uma potência no século XXI, declarou o nacionalista hindu em discurso televisionado.

“A crise do coronavírus nos ensinou a importância das redes de suprimentos locais (…). Os tempos nos ensinaram a pensar localmente”, afirmou.

Os detalhes exatos do plano de revitalização, que será basado na “terra, trabalho, liquidez e regulamentação”, serão apresentados na quarta-feira pelo ministro das Finanças. O montante global de 20 trilhões de rúpias inclui ajudas já anunciadas pelo governo e pelo banco central, disse Modi.

“Este plano de reativação é voltado ao setor que ajuda a autossuficiência da Índia. É para as indústrias artesanais, pequenas e médias. É para os trabalhadores e agricultores que suam noite e dia e para a classe média honesta que paga impostos”, declarou o chefe de governo.

No final de março, o governo decretou um confinamento em todo o país que foi prolongado em duas ocasiões, embora tenha começado uma flexibilização no início de maio.

“A quarta fase do confinamento será completamente diferente”, prometeu Modi, afirmando que as modalidades serão anunciadas antes de 18 de maio, atual data do fim do confinamento.

A Índia registra em seu território, até o momento, 2.293 mortos e 70.756 casos confirmados de COVID-19, mas os números diários aumentam. Segundo os especialistas, o segundo país mais populoso do mundo poderia registrar o pico da epidemia em junho ou julho.