O governo da Colômbia e a guerrilha do ELN negociarão a partir de 2 de abril um novo cessar-fogo bilateral, “indispensável” para avançar a um acordo de paz final.

Segundo um comunicado conjunto lido em Quito, sede dos diálogos há um ano, ambas as delegações analisará a histórica trégua que terminou no dia 9 de janeiro, com relatórios da ONU e da Igreja católica colombiana, para planejar um novo cessar de hostilidades.

“Temos esperanças razoáveis de que poderemos avançar rápido (…) Esse cessar-fogo é muito importante, não só pelos alívios humanitários que já se experimentaram no cessar-fogo anterior, mas porque é indispensável para continuar avançando no desenvolvimento da agenda”, disse à imprensa Gustavo Bell, chefe negociador do governo.

O chefe negociador dos rebeldes, o comandante Pablo Beltrán, mostrou sua disposição em avançar “o mais rápido possível” para um novo cessar-fogo, “aprendendo com o anterior”.

O processo de paz entre o governo e o ELN, que com 1.500 homens é considerada a última guerrilha ativa do país, se reativou na semana passada após uma suspensão de mais de dois meses, motivada por uma espiral de violência entre as partes, após a expiração em 9 de janeiro da histórica trégua de 101 dias.