BOGOTÁ (Reuters) – O governo da Colômbia tenta acelerar a retirada de cerca de 2.500 famílias que vivem próximas do vulcão Nevado del Ruiz, monitorado para o caso de uma possível erupção, mas alguns moradores se recusam a sair.

A erupção do vulcão em 1985 matou mais de 25 mil pessoas — o maior desastre natural da história da Colômbia, com avalanches de terra e assentamentos inteiros soterrados por fragmentos de rocha.

O governo elevou o nível de alerta do vulcão para laranja, após um aumento na atividade sísmica que sugere uma chance maior de erupção nos próximos dias ou semanas, e iniciou algumas retiradas preventivas.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu que as retiradas sejam realizadas com mais rapidez, mas alguns moradores, incluindo famílias que sobreviveram à devastadora erupção de 1985 do Nevado del Ruiz, que fica na fronteira entre as províncias de Caldas e Tolima, dizem que não irão sair.

“Não me assusta, porque (o vulcão) já explodiu”, disse Evelio Ortiz, um agricultor de batata que sobreviveu à erupção de 1985 com sua esposa e cinco filhos.

Cerca de 57.000 pessoas vivem na zona de perigo do vulcão, espalhadas por partes de seis províncias, de acordo com a agência nacional de gerenciamento de desastres.

(Reportagem de Andrés Camilo Valencia)

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