A pressão é cada vez maior sobre o governo britânico para que aumente o número de testes de coronavírus, em plena propagação da doença pelo país, onde a doença matou um adolescente de 13 anos.

O ministro da Habitação, Robert Jenrick, afirmou à Sky TV que o governo do primeiro-ministro Boris Johnson busca aumentar os exames diários até alcançar a marca de 25.000 em “meados de abril”.

De acordo com dados divulgados na terça-feira, o Reino Unido registra 1.789 mortes provocadas pela Covid-19, incluindo duas vítimas que tinham 13 e 19 anos e nenhum problema de saúde conhecido.

“Cada morte é uma tragédia, mas a morte de dois jovens é ainda mais preocupante”, reconheceu Jenrick, desta vez em uma entrevista à BBC.

Vários jornais dedicam as manchetes à escassez de testes de detecção e o Daily Mail exige que o governo “corrija o fiasco agora”.

As autoridades britânicas não conseguiram organizar até o momento o número de exames que prometeram, ante a dificuldade de obter o material para os testes em um contexto de disputa entre países.

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Jenrick prometeu “aumentos significativos” no número de testes diários e espera passar 8.000 atuais para 15.000 exames nos próximos dias.

Até agora, o Reino Unido registra 143.000 exames e quase 25.000 pessoas apresentaram resultado positivo para o coronavírus, incluindo o premier Boris Johnson e seu ministro da Saúde, Matt Hancock.

Em comparação, a Alemanha, considerada o modelo na Europa, faz de 300.000 a 500.000 exames por semana.

“Mas grande parte da indústria mundial da biotecnologia e do diagnóstico tem sede na Alemanha”, afirmou uma fonte do governo, antes de apontar que a “Alemanha tem uma vantagem natural”.


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