O governo britânico, de viés conservador, publicou, nesta terça-feira (19), um guia para “trazer clareza” às escolas ante o “aumento significativo” do número de meninos e meninas que se perguntam sobre seu gênero, insistindo no envolvimento dos pais.

Esse assunto é tema de debate constante no Reino Unido.

“Nos últimos anos, vimos um aumento significativo no número de alunos que questionam seus sentimentos de ser menino, ou menina”, afirma o Ministério da Educação na introdução desse guia, anunciado há meses.

“Isso deixou as escolas e universidades em uma posição em que devem abordar um tema extremamente delicado e complexo”, disse a publicação.

O guia tem como objetivo “trazer clareza” às escolas e universidades e “tranquilizar os pais”.

Entre as recomendações destinadas às escolas, está a de “nunca tomar uma decisão sem a participação dos pais”, relativa a uma “transição social” solicitada por um menino, ou por uma menina.

A transição social é o processo pelo qual as pessoas mudam de sobrenome, nome, roupa ou utilizam elementos diferentes dos que biologicamente estão destinados a elas.

Segundo o guia, as escolas e universidades “não têm a obrigação” de “permitir que um menino ou uma menina realizem uma transição social”, mas após consultar os pais, “podem solicitar que mudem seu nome”.

O texto aponta que todas as crianças deverão utilizar os banheiros, chuveiros e vestiários reservados ao seu sexo biológico, a menos que se sintam desconfortáveis”.

O guia estará sujeito a uma consulta de 12 semanas.

As instituições educacionais continuarão em uma situação complicada, porque o guia deixa muitas “perguntas sem respostas”, reagiu o secretário-geral do Sindicato de Diretores de Escola (NAHT), Paul Whiteman.

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