O governo britânico comprou barracas e planeja abrigar até 2.000 migrantes nos próximos meses para economizar dinheiro, informou o jornal The Times, um projeto “cruel” de acordo com as associações de direitos humanos.

Segundo o jornal, o Ministério do Interior britânico adquiriu estas barracas antecipando um aumento de chegadas de imigrantes pelo Canal da Mancha nas próximas semanas, como ocorreu no verão passado.

O seu objetivo é substituir o alojamento em hotéis, que o governo considera muito caro, enquanto o sistema de asilo não consegue acompanhar as solicitações apresentadas e a falta de recursos alocados.

Como parte de seu plano para reprimir a imigração ilegal, o governo conservador prometeu reduzir a conta anual de hotéis de 2,3 bilhões de libras esterlinas (2,8 bilhões de dólares ou 13,2 bilhões de reais) para solicitantes de asilo utilizando instalações como bases militares em desuso ou embarcações ancoradas.

Contatado pela AFP, o Ministério do Interior reiterou que “é inaceitável o uso de hotéis para acolher solicitantes de asilo”. Sem confirmar ou negar a compra das barracas, indicou que analisa “um conjunto de opções de alojamento”.

Segundo o The Times, a ideia das barracas foi rejeitada no ano passado porque o governo temia acusações de tratamento desumano.

“É outra nova forma desenvolvida pelo governo para desencorajar os solicitantes de asilo”, criticou Tim Naor Hilton, chefe da organização Refugee Action, que descreveu o projeto como “cruel”.

vg/gmo/ib/mab/eg/aa