O governo britânico adiou a quarta votação no Parlamento sobre o controverso acordo para o Brexit, inicialmente prevista para a primeira semana de junho, após as críticas de muitos conservadores às concessões feitas pela primeira-ministra, Theresa May.

A votação sobre o projeto de lei não foi incluída no programa legislativo anunciado nesta quinta-feira aos deputados.

“Nós informaremos a Câmara sobre a publicação e a introdução do projeto de Lei sobre o Tratado de Retirada após o recesso parlamentar”, previsto até 4 de junho, declarou o representante do governo Mark Spencer.

A nova proposta de May, anunciada na terça-feira e detalhada no Parlamento um dia depois, inclui a possibilidade de permitir aos deputados votar sobre a eventualidade de organizar um segundo referendo sobre o Brexit, depois da votação de 2016 em que 52% dos britânicos votaram pela saída da União Europeia.

Também inclui uma votação dos legisladores sobre uma eventual união alfandegária temporária com a UE e garantias sobre o direito dos trabalhadores e a proteção do meio ambiente, retomando algumas das reivindicações do opositor Partido Trabalhista.

A proposta, no entanto, não convenceu os trabalhistas, que a consideraram insuficiente, e revoltou os eurocéticos do Partido Conservador de May. Como consequência, a ministra para Relações com o Parlamento, Andrea Leadsom, uma das principais colaboradoras da primeira-ministra, renunciou na quarta-feira à noite.

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