Após um ano de pandemia no País, finalmente conseguimos atingir o nível italiano do início de 2020, e, diariamente, dezenas de pessoas morrem à espera de um leito de UTI, inclusive os próprios profissionais de saúde.

Tanto fizeram a população e os governos, destaque para o governo federal e o verdugo do Planalto, Jair Bolsonaro, que batemos recordes diários no número de casos e de mortes, e sem previsão de melhora a curto prazo.

Enquanto países como Israel, Canadá, Inglaterra e Estados Unidos “voam” na imunização do povo, por aqui, continuamos à mercê de cloroquina, vermífugo e reza brava, que é só o que nos resta para o momento.

O laboratório belga Janssen, controlado pela gigante mundial Johnson & Johnson, acaba de ter sua vacina aprovada nos Estados Unidos, que tem tudo para ser um divisor de águas na imunização em massa contra a Covid-19.

A droga está sendo chamada de “bala de prata” contra o novo coronavírus, pois sua fórmula é mais barata que qualquer outra vacina, além de possuir ao menos outras duas vantagens, bastante significativas, em relação às demais.

A primeira é a facilidade de transporte e de armazenamento; basta uma geladeira comum. A segunda – a principal e mais festejada – é que uma única dose já previne os casos graves, e até 66% dos casos moderados.

A vacina foi testada em mais de 40 mil pessoas, inclusive no Brasil. E aí reside mais um dos terríveis enganos do governo federal e do pai do senador das rachadinhas. O País não faz parte dos compradores do imunizante.

Apesar de a farmacêutica europeia-americana ter 800 milhões de doses encomendadas em todo o mundo, Pazuello e Bolsonaro deram de ombros – para não variar – e não adquiriram nem uma mísera dose para o País.

Adentramos em março, e dependemos exclusivamente da CoronaVac, a “vachina chinesa do Doria, que causa mortes, anomalias e invalidez”, e que nos chega a conta-gotas graças ao esforço pessoal do governador de SP.

Todos nós sabemos que o devoto da cloroquina e seu general-fantoche, ambos maníacos do tratamento precoce, fizeram o possível e o impossível para que nenhuma outra vacina chegasse ao Brasil. E, reconheça-se, conseguiram.

Não só demonizaram a própria CoronaVac, como retardaram ao máximo o registro no País. Desprezaram e ridicularizaram a vacina da Pfizer. Apostaram todas as fichas no imunizante da AstraZeneca e, até agora, praticamente nada.

Pressionado, o (des) governo Bolsonaro, ainda em janeiro, tendo como arauto a “dupla da morte”, anunciou que em fevereiro nos tornaríamos o país com maior número de vacinados do mundo. Tsc, tsc, tsc…

Estamos em março, e ocupamos hoje o 47º lugar no ranking da vacinação mundial. Até o momento, não chegamos nem a 10 milhões de doses aplicadas, e, não custa nada lembrar, 70% graças ao Butantan (CoronaVac).

Na ocasião, durante uma daquelas patéticas ‘lives’, o general-fantoche, bem ao estilo do seu chefe, desfilou uma porção de números errados e de mentiras sobre a vacinação no mundo. Não surpreende a calamidade de hoje.

Bolsonaro e sua gente são movidos à mentira. Arthur Lira, presidente do Congresso, recém eleito com apoio do presidente, disse ontem, segunda-feira (01), que o governo entregará até maio, 140 milhões de doses. Quem acredita?

Mas se isso realmente acontecer, terá sido com no mínimo três meses de atraso. O Brasil vacinou apenas 40 habitantes a cada 1 mil brasileiros até hoje. Israel, 935. Reino Unido, 308. Chile, 175. Estados Unidos, 227.

Ao amigão do Queiroz não basta mentir à população, receitar cloroquina às emas, pregar contra as vacinas e o uso de máscaras, e promover e incentivar aglomerações. Ele busca sempre mais. Ele é viciado no caos.

A história há de contar o que este senhor e sua gente estão fazendo com o Brasil. Mais que a história, a Justiça, ainda que tarde, há de cobrar cada morte, cada sequelado, cada único centavo de prejuízo que a Covid, em sociedade com o governo Bolsonaro, trouxe ao País.