Elon Musk, proprietário da Tesla e do X (antigo Twitter), está “tentando influenciar as eleições legislativas alemãs”, marcadas para o final de fevereiro, com seu apoio aberto ao partido de direita radical AfD, disse o governo alemão nesta segunda-feira, 30.
A avaliação das autoridades da Alemanha foi anunciada por Christiane Hoffmann, porta-voz adjunta do governo.
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Em um artigo de opinião publicado no sábado, 28, pelo jornal Welt, o bilionário escreveu que “a Alternativa para a Alemanha (AfD) é o último raio de esperança” para o país que, segundo ele, está “à beira do colapso econômico e cultural”. Ele já havia demonstrado simpatia pelo partido em publicações no X.
Após a publicação do artigo do empresário, Eva Marie Kogel, que era chefe de conteúdos editoriais do Welt, pediu demissão do jornal e outras lideranças locais reagiram negativamente.
Musk e a direita radical
Exaltado em território nacional pelo bolsonarismo em especial desde que se opôs a decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com relação à atuação do X no Brasil, Musk tem se aproximado de lideranças da direita radical pelo mundo.
Após participar ativamente da campanha em que Donald Trump retomou a presidência dos Estados Unidos, o empresário foi anunciado pelo político para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental da Casa Branca. Mais recentemente, chamou Olaf Scholz, primeiro-ministro alemão, de “imbecil e incompetente”.
O presidente do Partido Social Democrata, Lars Klingbeil, comparou o comportamento de Musk ao do presidente russo, Vladimir Putin. “Ambos querem que a Alemanha enfraqueça e afunde no caos”, declarou.