Tem-se a notícia de que em cidades do interior de São Paulo alguns policiais militares, em um ato claro de desafio à lei, estão batendo continência a caminhoneiros que atravancam estradas com seus veículos.

Isso também estaria ocorrendo em outros estados.

Compete aos respectivos governadores ordenarem imediatamente que seus comandantes da Polícia Militar prendam esses policiais anarquistas — e, se não o fizerem, cabe aos próprios representantes do poder executivo estadual dar voz de prisão aos chefes fardados. Não tem nada de abrir procedimento para investigação, cada unidade sabe direitinho quem são os policiais que estão em cada local.

Ou os governadores agem com firmeza, o que é dever constitucional, além de moral e civilizatório, ou eles é que deverão responder na Justiça por conivência com a baderna.

Os caminhoneiros que bloqueiam estradas ferem a Lei Máxima do Brasil que diz que é crime impedir a livre locomoção em território nacional. São eles, esses caminhoneiros, puros delinquentes. Puros quadrilheiros. Puros bandidos.

É interessante lembrar que, na maioria das vezes, quando se trata de agir em blitz nas comunidades, alguns policiais militares chegam barbarizando pobres e pretos. Governadores mandam sempre que as autoridades policiais atuem com o maior rigor, e pretos e pobres viram sempre suspeitos. Por que agora há tanta lentidão? Vale lembrar, também, que nas comunidades, jovens com aba do boné virada para trás são confundidos com bandido. E esses truculentos bloqueadores de estradas são o quê?

Talvez seja preciso reunir todas as torcidas organizadas de times de futebol para liberar as estradas, como fizeram os torcedores do Clube Atlético Mineiro.