Cinco dos nove governadores do Nordeste foram às redes sociais para criticar a participação do presidente Jair Bolsonaro em manifestações favoráveis ao fechamento do Congresso Nacional ocorridas neste domingo, 19. A região foi a única do País em que o Bolsonaro não obteve a maioria dos votos válidos no segundo turno das eleições de 2018.

O primeiro a repercutir a atitude do presidente foi o governador da Bahia, Rui Costa (PT). “Não vamos tolerar ataques contra a Constituição nem contra as instituições estabelecidas no regime democrático”, disse, em sua conta oficial no Twitter. “Defendemos trabalho e equilíbrio por parte de quem foi eleito para governar. Democracia sempre!”, completou.

Também petistas, Camilo Santana (CE) e Wellington Dias (PI) seguiram na esteira do correligionário baiano. “Inaceitáveis e repugnantes atos que façam apologia à ditadura e que promovam o desrespeito às instituições democráticas, como vimos hoje pelo País. O Brasil não se curvará jamais a esse tipo de ameaça”, postou Santana, aliado político do pedetista e ex-candidato à presidência da República Ciro Gomes. “Um presidente da República participar de um ato em defesa de um golpe militar e afrontando a Constituição, em frente aos 3 poderes, o que mais esperar?”, declarou Wellington.

Cotado para as eleições presidenciais de 2022, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse não acreditar que as Forças Armadas devam aderir a um movimento golpista no País. “Desde a redemocratização, as Forças Armadas têm mantido o respeito à Constituição. Não creio que mudarão agora por conta das inconsequências e delírios de Bolsonaro, um ex-tenente de mau comportamento. E se este tentar aventuras, haverá resistência”, afirmou Dino. Entre os pedidos das manifestações deste domingo, estavam a volta do regime militar.

Já o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), pediu união para combater a crise. “Falsos conflitos e manifestações inconsequentes são uma lamentável agressão ao País. Vamos vencer na Democracia, com diálogo, responsabilidade e respeito, não com bravatas”, publicou, sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro.

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