Governador do RJ diz que 58 morreram em megaoperação: ‘Perícia não terminou’

Segundo Cláudio Castro (PL), 'verdadeiras vítimas' são os quatro policiais mortos

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro
Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse nesta quarta-feira, 29, que 58 pessoas foram mortas na megaoperação policial realizada contra o Comando Vermelho.

Sua própria gestão divulgou na terça-feira que eram 64 mortos, mas segundo o governador, os dados irão mudar conforme o trabalho da perícia e do IML (Instituto Médico Legal).

A Defensoria Pública do estado afirma que ao menos 132 pessoas foram mortas na ação. Para Castro, as “verdadeiras vítimas” são os quatro policiais que morreram.

“Nossa contabilidade começa na hora que esses corpos entram no IML. Não contabilizamos por imagem, foto. A Polícia Civil tem uma responsabilidade enorme de saber quem era cada uma dessas pessoas. Eu não posso fazer balanço antes de todos entrarem. (…) Na verdade, o secretário Felipe me passou agora, são 58, sendo 4 policiais. Esse dado vai mudar com certeza. O trabalho de perícia não terminou”, disse.

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Fila de corpos

A operação foi a mais letal da história do estado. Moradores do Complexo da Penha, na zona norte carioca, um dos locais onde houve a operação, levaram ao menos 60 corpos para a Praça São Lucas durante a madrugada e o início da manhã desta quarta-feira.

Mais cedo, à TV Globo, o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, disse que os cadáveres levados pelos moradores não estavam na contagem. O governo, porém, não atualizou o balanço oficial.

O governo Cláudio Castro defendeu ainda o “sucesso” da ofensiva — que envolveu 2,5 mil policiais, blindados e helicópteros – para avançar sobre um território dominado pelo crime organizado. O CV chegou a usar drones com bombas na reação, o que expôs o poder bélico dos traficantes.