O governador de São Paulo Márcio França (PSB)descartou a possibilidade do Sistema Cantareira entrar no volume morto e de haver racionamento.

Em entrevista à Rádio Eldorado, nesta terça-feira, 31, o governador disse acreditar que, para este ano, não há riscos. “Para esse ano dá (a água). Foram as ações corretas do governador Alckmin, na hora certa, de fazer interligações de represas que produziram essa solução. A crise de estiagem esse ano é maior que as outras”, afirmou.

França ressaltou a necessidade de voltar a falar para a população sobre o uso racional da água. “Parece que não é uma coisa de um ano ou dois. Se isso ficar se repetindo todo ano, vamos ter problemas”, disse.

Nesta terça-feira, o nível do Sistema Cantareira caiu ainda mais, chegando a 39,6%. O Cantareira está em estado de alerta desde domingo, 29, quando chegou a 39,9% de sua capacidade. Segundo as novas regras da operação anticrise hídrica, em vigor desde 2017, o sistema entra automaticamente na “faixa 3”, de estado de alerta, quando fica abaixo de 40%. Para ser considerado normal, precisa chegar a 60%.

A quantidade de água armazenada é a mais baixa para o mês de julho desde 2015, quando o Estado enfrentava a crise hídrica. Para o dia 30 do mês, o nível era de 63%, em 2017, e 46,9%, em 2016. Em 2015, as reservas estavam no volume morto, com capacidade em -10,5%.

O sistema permanecerá em estado de atenção enquanto estiver com volume útil acumulado entre 30% e 39,9%.

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Embora a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) esteja bombeando quase o máximo de água possível pela transposição da Bacia do Paraíba do Sul. Apesar de o cenário de seca continuar, a Sabesp descarta risco de racionamento ao menos até o segundo semestre de 2019.


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