(Reuters) – O governador da Flórida, Ron DeSantis, pediu ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que permita que o tenista sérvio Novak Djokovic dispute o Miami Open deste mês, apesar de o número um do mundo não ter sido vacinado contra a Covid-19.

Djokovic, um dos atletas de maior destaque não vacinados contra o vírus, solicitou ao governo dos EUA no mês passado permissão especial para jogar nos eventos ATP Masters de Indian Wells, que começa nesta quarta-feira, e de Miami, de 19 de março a 2 de abril.

O sérvio, de 35 anos, retirou-se formalmente de Indian Wells no domingo. O senador da Flórida Rick Scott disse que as autoridades norte-americanas negaram o pedido de Djokovic.

“Essa negativa é injusta, não científica e inaceitável”, escreveu DeSantis em uma carta a Biden na terça-feira.

“Peço que reconsidere. É hora de deixar a política pandêmica de lado e dar ao povo americano o que eles querem – deixá-lo jogar.”

O republicano DeSantis assinou uma lei em novembro de 2021 proibindo escolas, empresas e entidades governamentais de exigir vacinação contra a Covid-19, provocando a condenação de especialistas em saúde e líderes democratas.

Atualmente, os EUA proíbem a entrada de estrangeiros não vacinados no país, uma política que deve ser suspensa quando o governo encerrar sua declaração de emergência contra a Covid-19 em 11 de maio.

Djokovic, que ficou de fora do Aberto da Austrália no ano passado depois de ser deportado do país devido à sua situação de vacinação, disse que deixará de disputar Grand Slams em vez de se vacinar contra a Covid-19.

(Reportagem de Hritika Sharma em Bengaluru)

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