O Google está testando uma ferramenta de inteligência artificial que pode escrever notícias, na mais recente evidência de que a tecnologia tem potencial para transformar profissões.

A ferramente, conhecida como Genesis, usa a tecnologia IA para absorver informações como detalhes de eventos atuais e, em seguida, criar notícias.

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O Google disse que estava nos estágios iniciais de exploração da ferramenta de inteligência artificial, que poderia ajudar os jornalistas com opções de manchetes ou diferentes estilos de redação. Ressaltou que a tecnologia não se destina a substituir os jornalistas.

“Essas ferramentas não pretendem substituir o papel que os jornalistas têm na reportagem, criação e verificação de fatos de seus artigos. Nosso objetivo é dar aos jornalistas a opção de usar essas tecnologias emergentes de uma forma que melhore seu trabalho e produtividade, assim como estamos disponibilizando ferramentas assistivas para as pessoas no Gmail e no Google Docs”, afirmou o Google.

Dois executivos do New York Times que viram o discurso disseram que “parecia não dar valor ao esforço necessário para produzir notícias precisas e engenhosas”.

O jornal citou uma pessoa familiarizada com o produto dizendo que a ferramenta serviria como um “assistente pessoal para jornalistas” para automatizar algumas tarefas, e que o Google viu isso como uma oportunidade para ajudar a “afastar a indústria editorial das armadilhas da IA ​​generativa”.

A mudança ocorre depois que a OpenAI e a Associated Press fizeram um acordo para que o criador do ChatGPT use o arquivo de histórias da agência de notícias com o objetivo de treinar seus modelos de IA, que ingerem grandes quantidades de material para produzir respostas plausíveis.

Em um relatório do mês passado, o grupo de contabilidade KPMG estimou que 43% das tarefas realizadas por autores, escritores e tradutores poderiam ser realizadas por ferramentas de IA. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico informou na semana passada que as principais economias estavam à beira de uma “revolução da IA” que poderia levar à perda de empregos em profissões qualificadas, como direito, medicina e finanças.