06/12/2023 - 18:29
Após meses de rumores, o Google oficializou nesta quarta-feira o lançamento do Gemini, um modelo de Inteligência Artificial robusto que tem como principal concorrente o ChatGPT e outras ferramentas de IA da OpenAI. De acordo com Sundar Pichai, CEO do Google, o Gemini é o modelo de linguagem mais sofisticado já produzido pelo Google. A ferramenta será produzida em três versões:
Gemini Ultra — modelo mais robusto para tarefas extremamente complexas.
Gemini Pro — modelo de uso mais geral e com capacidade para lidar com grande variedade de tarefas.
Gemini Nano — modelo voltado para uso em smartphones e outros dispositivos.
Um dos avanços do Gemini é que ele é um modelo de linguagem multimodal, ou seja, consegue processar simultaneamente informações em forma de texto, áudio, imagem, vídeo e códigos de programação. Segundo o Google, o Gemini também é flexível e pode rodar tanto em datacenters robustos como em smartphones, como descrito nas versões acima.
ChatGPT é o alvo
No comunicado do lançamento do Gemini, o Google deixa claro que o ChatGPT é o concorrente a ser batido. A empresa publicou testes comparativos em uma série de quesitos em que os resultados do Gemini superaram os do concorrente da OpenAI.
Com o lançamento do Gemini, o Google acelera a corrida das ferramentas de IA generativa. O ChatGPT e outras ferramentas da OpenAI são as armas da Microsoft, que é investidora da startup de IA. Já a Amazon anunciou há poucos dias o Amazon Q, uma espécie de “ChatGPT para empresas” que pode responder perguntas a partir da análise de dados internos das companhias. Outras grandes empresas de tecnologia, como a Meta, a Oracle, a IBM e a SAP, também vêm aumentando as apostas neste setor, por meio de ferramentas próprias ou investimentos em startups de IA.
Avanço também em chips
Junto com o Gemini, o Google anunciou também uma nova geração de processadores usados para rodar aplicações de IA. Segundo a empresa, o novo chip Cloud TPU v5 será usado para rodar todas as aplicações do Gemini. É um indicativo que a empresa quer diminuir sua dependência da NVidia, fabricante que atualmente domina o mercado de chips para aplicações de IA de alto desempenho.