Após meses de rumores, o Google oficializou nesta quarta-feira o lançamento do Gemini, um modelo de Inteligência Artificial robusto que tem como principal concorrente o ChatGPT e outras ferramentas de IA da OpenAI. De acordo com Sundar Pichai, CEO do Google, o Gemini é o modelo de linguagem mais sofisticado já produzido pelo Google. A ferramenta será produzida em três versões:

Gemini Ultra — modelo mais robusto para tarefas extremamente complexas.
Gemini Pro — modelo de uso mais geral e com capacidade para lidar com grande variedade de tarefas.
Gemini Nano — modelo voltado para uso em smartphones e outros dispositivos.

Um dos avanços do Gemini é que ele é um modelo de linguagem multimodal, ou seja, consegue processar simultaneamente informações em forma de texto, áudio, imagem, vídeo e códigos de programação. Segundo o Google, o Gemini também é flexível e pode rodar tanto em datacenters robustos como em smartphones, como descrito nas versões acima.

ChatGPT é o alvo

No comunicado do lançamento do Gemini, o Google deixa claro que o ChatGPT é o concorrente a ser batido. A empresa publicou testes comparativos em uma série de quesitos em que os resultados do Gemini superaram os do concorrente da OpenAI.

Google lança "supermodelo" de Inteligência Artificial Gemini para rivalizar com o ChatGPT

Com o lançamento do Gemini, o Google acelera a corrida das ferramentas de IA generativa. O ChatGPT e outras ferramentas da OpenAI são as armas da Microsoft, que é investidora da startup de IA. Já a Amazon anunciou há poucos dias o Amazon Q, uma espécie de “ChatGPT para empresas” que pode responder perguntas a partir da análise de dados internos das companhias. Outras grandes empresas de tecnologia, como a Meta, a Oracle, a IBM e a SAP, também vêm aumentando as apostas neste setor, por meio de ferramentas próprias ou investimentos em startups de IA.

Avanço também em chips

Junto com o Gemini, o Google anunciou também uma nova geração de processadores usados para rodar aplicações de IA. Segundo a empresa, o novo chip Cloud TPU v5 será usado para rodar todas as aplicações do Gemini. É um indicativo que a empresa quer diminuir sua dependência da NVidia, fabricante que atualmente domina o mercado de chips para aplicações de IA de alto desempenho.