Os militares do Níger que derrubaram o presidente eleito Mohamed Bazoum acusaram a França, ex-potência colonial, de querer “intervir militarmente” para levá-lo novamente ao cargo, segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira (31) pela televisão estatal.

“Na sua linha de conduta, em sua busca de formas e meios para intervir militarmente no Níger, a França, com a cumplicidade de alguns nigerinos, realizou uma reunião com o Estado-Maior da Guarda Nacional do Níger para obter as autorizações políticas e militares necessárias”, afirma o comunicado.

Bazoum está detido desde quarta-feira pelos militares no palácio presidencial. Na sexta-feira, o general Abdourahamane Tiani, líder da Guarda Presidencial, se autoproclamou o novo líder do país.

Tiani justificou o golpe pela “deterioração da situação de segurança” no país, devastado pela violência de grupos jihadistas como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.

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