Luiz Antonio de Campos Pereira, de 58 anos, conhecido como “golpista do Tinder do RJ”, foi preso pela Polícia Civil depois de um mês foragido. Segundo as investigações, ele teria aplicado, ao menos, cinco golpes de estelionato sentimental ou afetivo (quando a vítima é induzida a acreditar que está em um relacionamento, mas é lesada financeiramente). As informações são do O Globo.

O golpista foi detido na quarta-feira (25) por agentes da Delegacia da Mulher (Deam) de Jacarepaguá. Isso ocorreu depois que Luiz ameaçou a companheira com uma faca dentro da casa em que eles viviam na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Em março, Luiz havia sido indiciado em cinco inquéritos policiais investigados pela 21ª Delegacia Policial (Bonsucesso).

Luiz possui 13 registros de ocorrência por crimes de furto, estelionato e apropriação indébita (quando alguém se apropria de pertences alheios). Em abril, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra ele.

Segundo as investigações, Luiz se apresentava para as vítimas como chefe de segurança de uma firma de ônibus em Niterói (RJ). Além disso, ele dizia que tinha dois filhos e dois netos.

Um dos filhos, segundo ele, tinha 35 anos e trabalhava na Polícia Militar.

Em depoimento na Deam, Luiz confirmou que sobrevivia de golpes havia sete anos.

O delegado Hilton Alonso informou que um caso foi registrado em Teresópolis, um em Nova Iguaçu e três na cidade do Rio de Janeiro. Ele frisou que o golpista usava a mesma tática com as vítimas: as convidava para uma viagem, pedia que elas transferissem o dinheiro e depois sumia.

“A vítima de Teresópolis esteve com ele em março deste ano e emprestou R$ 1.600 para ele pagar contas, fez uma transferência de R $590 referente ao falso passeio e abriu um crediário de quase R$ 8 mil para comprar itens pessoais para Luiz Antonio.”

Uma das vítimas afirmou que conheceu Luiz por meio de um aplicativo de relacionamento em janeiro deste ano. Antes de eles se verem pessoalmente, o golpista a convidou para uma viagem com a família para Angra dos Reis (RJ). Para isso, ela teve de transferir R$ 360, já que o restante seria custeado pelo homem.

“Eu sempre fui uma mulher desconfiada e ele viu que não seria tão fácil de me enrolar. Quando eu percebi que havia algo errado, entrei em contato com o celular da moça responsável pelo passeio, conversamos e ela me contou que já tinha feito um boletim de ocorrência contra ele. Continuei mantendo a conversa, porque tinha decidido denunciá-lo e estava reunindo provas. Entretanto, ele mudou o comportamento comigo. Começou a me falar várias coisas inapropriadas. No dia que estava imprimindo tudo para levar na delegacia, ele falou que não podia mais conversar comigo e me bloqueou.”

Agora, ela disse que se sente aliviada por Luiz ter sido preso. “Ele é mau. Ele é ruim mesmo. Espero que ele pague pelas coisas que fez”, finalizou.