Afirmando ser herdeiro e administrador de fazendas, o mineiro Rafael Correa de Paula, de 33 anos, exibia fotos nas redes sociais ostentando roupas e acessórios de grife e viajando na primeira classe de aviões com destino a locais luxuosos, como Dubai, Grécia e Deserto do Saara. O homem, que conheceu um outro rapaz em um aplicativo de paquera no celular, se tornou o ‘Golpista do Tinder’ brasileiro e agora é investigado pelas autoridades de São Paulo e Rio de Janeiro. As informações são do Extra.

Semanas depois do primeiro contato via aplicativo, Rafael decidiu sair com o homem. Depois, os dois engataram um romance e a vítima foi convidada a acompanhar Correa em viagens internacionais, com a promessa de que era possível conseguir bons preços com descontos em milhas aéreas que ele acumulava. Com o seu cartão de crédito, o rapaz desembolsou cerca de R$ 70 mil com passagens e hospedagens.

Desconfiado de um possível golpe, o rapaz terminou com Rafael. A vítima, contudo, alega que começou a ser perseguido pelo ex. Segundo o rapaz, Correa criou perfis falsos nas redes sociais, em que publicava informações para prejudicar sua imagem, e passou a utilizar seus dados pessoais e bancários para fazer compras de altos valores pela internet, também solicitando o cancelamento de seus cartões de crédito e o estorno de valores já pagos pela vítima.

Agora, Rafael é investigado pelas polícias civis do Rio de Janeiro e São Paulo, já que nos dois estados há inquéritos abertos pelos crimes de estelionato, ameaça, difamação, lesão corporal e denunciação caluniosa.

Em dezembro do último ano, a vítima registrou ocorrência após Rafael invadir o prédio onde mora, no Arpoador. Correa, por sua vez, esteve no 13ª DP (Ipanema) alegando que sofreu socos e chutes por parte do rapaz. Câmeras de segurança desmentiram a versão do golpista e ele foi indiciado por atribuir falsamente um crime ao ex-companheiro.

Denúncias contra Rafael

Na 78º DP (Jardins), Rafael responde a um inquérito por impedir um ex-companheiro de deixar seu apartamento, segurando seus braços e pescoço. Já na 13º DP (Campinas), o acusado é alvo de procedimento por lesão corporal por ter supostamente dado um tapa em uma mulher que trabalhava como caixa de mercado.

Também em São Paulo, Rafael é cobrado por uma proprietária de apartamento na 1ª Vara Cível do Fórum do Estado. A mulher cobra R$ 4.900 do contrato do imóvel alugado pelo suspeito.

Correa ainda é réu na 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto. Segundo o processo, ele utilizou dados de outro homem, contratando três pacotes de viagem no valor de R$ 2.300 de uma agência de turismo, através de um financiamento. Em sua defesa, Rafael afirmou que o financiamento da viagem foi autorizado pela vítima.