Conhecem aquelas crianças birrentas e histéricas, que protagonizam espetáculos nada agradáveis em público, para o desespero dos pais e de quem está ao redor? Pois é. Todos nós já passamos pelo constrangimento de assistir a cenas de meninos e meninas deitados no chão, em shoppings, praças ou supermercados, gritando e esperneando em busca da satisfação do desejo não atendido. Um alerta: não julguem! Há casos em que, muito além de uma simples birra, imperam situações de ordem psíquica e emocional bastante graves.

Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, é o exemplo crasso de uma criança que cresceu em tamanho apenas, birrenta e frustrada, incapaz de conviver em sociedade de forma civilizada e de aceitar que, sendo ‘Joãozinho’, tem o pipico pequeno. Sim, creio que os fantasmas que habitam aquela oca caixa encefálica têm origem em fortes questões de cunho sexual, não bem compreendidas durante a infância. Ninguém, com 66 anos de idade e sexualmente saudável, faz tanta piada (infeliz) sobre gays e a própria (suposta) potência sexual.

O amigão do Queiroz, no íntimo e diante do espelho – ou na solidão do banho, em que confessou chorar escondido ao invés de cantar -, sabe que é intelectualmente limitado e motivo de chacota por onde passa. Mas sabe, também, que é um líder carismático para um número gigantesco de semelhantes. Estou dizendo que todo bolsonarista é ‘burro’ e sexualmente (freudianamente falando) confuso? Sim. Estou! Mas já os consolo: e que não é, hehe? Falando sério, bolsonaristas fanáticos são, sim, doentes como o ‘mito’. Ponto.

Incapaz de reconhecer publicamente o desastre de ser humano e de presidente que é, restou, desde sempre, aliás – desde os primeiros meses de mandato -, ao patriarca do clã das rachadinhas, a autocracia golpista como forma de governo. Ora, aos proto-ditadores bastam a truculência e a força! Inflação alta, desemprego recorde, 700 mil mortes por covid, pastores ladrões, ministros corruptos, rachadinhas e mansões, enfim, tudo se resolve na base do tiro, porrada e bomba. Basta dizer-se um cristão patriota contra os comunistas.

Às vésperas das eleições, ao que tudo indica, o devoto da cloroquina irá levar uma sova eleitoral acachapante do meliante de São Bernardo, vulgo Lula da Silva. É como se a criança mimada fosse exposta na hora do recreio, no pátio da escola, pelada, diante de todos os alunos e seu pipiquinho fosse do tamanho de uma formiga se comparado ao do coleguinha rival. Assim, só resta ao humilhado ou espancar o algoz imaginário ou acabar com a exposição pública – inadequada a seus sentimentos mais profundos.

Quem gosta de música e cinema e é de uma geração mais antiga conhece a obra-prima The Wall, da banda britânica Pink Floyd, adaptada para o cinema (ou vice-versa) por Alan Parker e Bob Geldof (protagonista do filme). Lá, encontramos uma espécie de Bolsonaro, doente e solitário, às voltas com os fantasmas da infância, no caso, a ausência paterna e a opressão materna. Em Brasília, insisto, o problema é o tamanho do pipico (metafórico, pô!), leia-se, pura incapacidade emocional e intelectual, substituída pela tentativa do uso da força.

Ao insistir na tese mais falsa do que a inocência do ex-tudo do PT (ex-presidente, ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro), de que as urnas eletrônicas são inseguras e as eleições, fraudadas, Bolsonaro vem esticando uma corda que não arrebentará, mas que trará ainda mais instabilidade ao País, algo nada producente em um mundo já tão instável (covid, Ucrânia etc.), e que se traduzirá, ainda que temporariamente, em desarranjo institucional e mais crise econômica.

Não, meus caros! Bolsonaro jamais conseguirá impedir nossas eleições ou será bem-sucedido em um golpe de Estado. Por uma série de fatores, aliás, que vão desde o tamanho e organização do Brasil, passando pela economia e representatividade internacional do País em setores estratégicos para as grandes potências democráticas. Não à toa, a maior delas, os Estados Unidos da América, acabaram de afirmar, em nota oficial, confiança e apoio irrestritos em nossa democracia e nosso processo eleitoral.

Outrossim, naquela patuscada histórica de segunda-feira (18/7), perante dezenas de embaixadores e outras autoridades, onde o maníaco do tratamento precoce requentou mentiras e acusações já desmoralizadas por provas e fatos sobre as urnas eletrônicas e nossas eleições, os chefes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) não estiveram presentes, em claro sinal de não apoio a qualquer tipo de aventura golpista. Ou seja, além do pipico pequeno, Bolsonaro está sozinho. E é, além de mais fraco que seu rival, como sabemos por ameaças passadas (7 de setembro de 2021, por exemplo), um verdadeiro covarde, um arregão. Fala muito, ameaça muito e faz pouco ou quase nada. Durmamos em paz, pois, e votemos, ou não, em quem bem entendermos. Eu voto nulo.