Embora acredite que será a maior beneficiária do momento difícil atravessado pela Avianca, a Gol acha prematuro especular sobre uma melhora do ambiente para yield (valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro) com a redução de capacidade da aérea concorrente, afirmou nesta sexta-feira, 11, o vice-presidente Financeiro da Gol, Richard Lark.

Em reunião com analistas, o executivo comentou ainda que a projeção da companhia para crescimento da oferta doméstica em 2019 continua conservadora. Segundo a revisão das projeções financeiras divulgada nesta manhã de sexta-feira, a Gol espera que sua capacidade (medida em ASK) no mercado doméstico cresça entre 2% a 4% neste ano.

Durante a apresentação, ele ressaltou também o bom comportamento da demanda brasileira, o que confere à empresa maior poder na hora de precificar as tarifas – sobretudo no início de ano, sazonalmente mais forte. Especialmente em 2019, o período favorável às viagens aéreas deve se estender até março, quando acontecerá o carnaval, observa Lark.

No quarto trimestre de 2018, a Gol estima que sua margem operacional (Ebit) tenha atingido entre 19,5% a 20% (+6 pontos percentuais na comparação anual), “um destaque”, na avaliação de Lark, considerando que a companhia não capturou, no período, todo o benefício da queda dos preços do petróleo.

Ainda sobre os preços do óleo bruto, o vice-presidente Financeiro avaliou que a Gol “ficará em boa situação” mesmo se a cotação voltar a subir, uma vez que realiza hedges para se proteger desse tipo de comportamento da commodity.