A Polícia Civil de Goiás abriu nesta semana um inquérito para investigar os comentários ofensivos e racistas que o pastor Marcos Davis e a esposa, Débora Davis, receberam após publicarem uma foto do filho recém-nascido no último dia 19, em Goiânia (GO).

Casados há 7 anos, o casal, que é negro, relata ter recebido mensagens de pessoas duvidando de que a criança, que nasceu com a pele clara, fosse filho deles.

“O menino foi trocado na maternidade”, “não tem cabimento pais negros gerarem filho branco”, “estranho a cor do garoto em relação aos pais”, “estava esperando um bebê negrinho”, foram alguns dos comentários enviados aos pais.

De acordo com a polícia, o grupo especializado no atendimento à vítima de crimes raciais e delitos de intolerância (GEACRI) já recebeu os prints e links dos comentários ofensivos para tentar identificar os autores das mensagens. Segundo o delegado Joaquim Adorno, essas pessoas podem responder por crimes de injúria e injúria racial.

https://www.instagram.com/p/CTu4wujvJI5/

Conforme Marcos, após publicar uma nota de repúdio contra os ataques que recebeu nas redes sociais, ele e a esposa esperavam que as ofensas fossem cessadas.

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“No entanto, as ofensas perduraram e ainda continuam. Como isso é algo que nos afeta diretamente, ofende a nossa identidade e invade a nossa vida, decidimos lutar para que outras pessoas não sofram como estamos agora”, afirmou o pastor à ISTOÉ.

“Como cristão, é meu dever perdoar quem fez tais comentários, e de fato eu os perdoo, mas como cidadão não posso me calar diante de tanta injustiça e permitir que ações dessa natureza continuem acontecendo”, ressaltou Marcos.


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