Nesta segunda-feira (09), a Justiça de Goiás acatou a solicitação de quebra de sigilo de todos os dados da usuária do iFood que chamou um entregador do aplicativo de macaco.

O iFood informou que recebeu a ordem judicial e que enviará as informações disponíveis dentro do prazo requerido. “A empresa reitera que repudia o racismo e atos de discriminação racial e continua à disposição das autoridades para a investigação”, afirma a nota da empresa.

A delegada Sabrina Leles, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), solicitou a quebra de sigilo em 29 de outubro, ao receber as primeiras informações solicitadas ao aplicativo de maneira extrajudicial, por meio de ofício. A delegada entendeu que as respostas foram muito rasas e optou pela representação judicial.

Rafael Maciel, advogado especializado em direito digital, explicou que a quebra de sigilo telemático solicitada pela Polícia Civil envolve o fornecimento do número de IP do usuário. “Cada vez que uma pessoa se conecta à internet, é gerado um número IP. Com esse dado, a polícia vai descobrir, por exemplo, se a usuária estava ou não dentro do condomínio citado no momento da conexão. Ainda pode ser fornecido pelo aplicativo o número de Imei do aparelho celular cadastrado. A polícia pode saber até quem comprou o celular”, disse ele.