A fazendeira Cindra Mara contou como convenceu o caseiro Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, suspeito de matar a mulher grávida, a enteada e um fazendeiro, a se entregar à polícia neste sábado (4). De acordo com a mulher, ela estava dormindo quando o homem invadiu a casa dela. As informações são do G1.

“Eu estava dormindo, era 6 horas da manhã, a janela estava meio aberta na minha fazenda. Aí ele chegou com o revólver, apontou a arma e eu falei pra ele ficar tranquilo: ‘eu vou te ajudar, não fica nervoso’”, contou.

Conforme a fazendeira, Wanderson pediu café e apontou a arma dando voz de assalto. “Ele pediu bolacha, ele estava tremendo demais porque estava com muito frio. A gente deu uma blusa para ele vestir, aí ele vestiu a blusa. Aí teve um momento que ele tentou se desvencilhar de mim. Ele estava com revólver, estava carregado, cheio de bala”, detalhou Cindra.

Segundo a TV Globo, a mulher afirmou ainda que convenceu Wanderson a se entregar dizendo que ele poderia acabar tendo o mesmo destino de Lázaro Barbosa, morto durante uma perseguição policial que durou 20 dias.

Após convencê-lo a se entregar, a mulher e o marido dela colocaram Wanderson no carro, pegaram a arma dele e o levaram até a delegacia.

Assassinatos

Conforme a Polícia Civil, Wanderson é suspeito de matar Ranieri Aranha Figueiró, de 19 anos, que estava grávida, a enteada, Geysa Aranha, de 2 anos e nove meses, e o fazendeiro Roberto Clemente de Matos, de 73 anos.

Segundo a Polícia Militar, Ranieri e Geysa foram mortas a facadas. Já Roberto Clemente foi morto com um tiro na cabeça. O homem também teria tentado estuprar a mulher de Roberto, que foi baleada no ombro, fingiu-se de morta e depois pediu ajuda para vizinhos.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Wanderson responde a um processo por tentativa de homicídio. Em 2019, ele tentou matar a facadas uma parente. Ainda não há sentença para esta acusação. Ele chegou a ser detido na Unidade Prisional de Goianápolis e, em depoimento, admitiu o crime.

Wanderson foi apelidado de “Novo Lázaro” por conta das semelhanças com o caso de Lázaro Barbosa, acusado de diversos assassinatos e alvo da maior perseguição policial da história de Goiás, em meados deste ano.