No decorrer do ano de 2020, cerca de 50 pessoas relataram que tiveram os seus objetos furtados dentro de seus veículos. Os criminosos agiam da mesma forma. Após investigações, a Polícia Civil de Goiás concluiu que eles utilizavam um instrumento chamado de “Chapolin”, que é semelhante ao controle remoto de portões, ou até o próprio controle, para impedir que as portas dos automóveis fossem travadas. As informações são da coluna Carros do UOL.

Conforme a polícia, os criminosos ficavam escondidos próximos aos locais onde os carros seriam estacionados. Quando os motoristas desembarcavam e acionavam as travas, eles pressionavam, simultaneamente, o outro dispositivo. Com os sinais emitidos ao mesmo tempo, a informação de travamento das portas não chega ao destino.

Eles esperavam os motoristas se afastarem e, na sequência, furtavam os objetos de dentro do automóvel.

“Em fevereiro de 2020, um supervisor de obras procurou a Polícia Civil e noticiou ter sido vítima do crime de furto, ocasião na qual o autor do crime subtraiu R$ 16 mil do interior do veículo que estava estacionado em via pública. Chamou a atenção da vítima o fato de não ter encontrado qualquer sinal de arrombamento. Após analisar imagens de câmeras de vigilância existentes nas imediações do fato, foi possível verificar que um indivíduo não identificado abriu naturalmente a porta do carro, o que levou a vítima a crer que não teria trancado o automóvel ou que teria esquecido o vidro aberto”, disse a polícia.

Mesmo assim, um inquérito foi instaurado e identificou-se que outras três vítimas haviam relatado casos semelhantes no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Depois de aprofundar as investigações, a Polícia Civil descobriu outros 50 casos.

A Polícia Civil informou que orienta os motoristas para sempre verificarem se as portas foram realmente travadas.

Prisão

No início de março deste ano, Francisjunio Gomes de Souza, de 27 anos, foi preso por ser suspeito de participar de alguns furtos.

Ele foi encaminhado para o Complexo Prisional de Goiânia e permanece à disposição do Poder Judiciário.

Segundo a polícia, ele pode ser indiciado pelo crime de furto qualificado e pegar pena de até 8 anos.