A Polícia Civil de Goiás indiciou um coordenador pedagógico depois que a estudante Annelise Lopes Andrade, de 16 anos, sofreu queimaduras em 60% do seu corpo durante um experimento no Colégio Estadual Prof. Heli Alves, em Anápolis (GO). As informações são do UOL.

A polícia concluiu o inquérito do caso na sexta-feira (13).

O acidente ocorreu no dia 11 de novembro de 2021. Annelise foi para o Colégio Heli Alves gravar um experimento, conhecido como “fogo invisível”, para a aula de química. Ela e mais três estudantes se reuniram em uma sala para realizar o experimento.

O coordenador do colégio na época do acidente, Marcos Gomes, informou que os estudantes foram autorizados a usar uma sala para a gravação. Porém eles não comunicaram que usariam álcool.

“Eles disseram que iriam gravar uma apresentação, mas não explicaram o que iriam fazer. Eles disseram que colocaram fogo ao álcool, mas que acharam que não tinha pego. Por isso, foram colocar mais (álcool) e houve essa explosão”, disse o coordenador.

Com a explosão, Annelise teve 60% do corpo queimado e segue internada no Hospital de Urgência Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.

Cirurgias

Após o acidente, Annelise passou por duas cirurgias. A primeira foi no dia 11 de janeiro de 2021 para colocar enxerto nas coxas e abdômen.

Já a segunda aconteceu no dia 18 de janeiro de 2022. Nessa foram colocados enxertos nas costas e braços.

Arquivo pessoal/Diolange Lopes

Ato infracional

A Polícia Civil ainda investiga a conduta de um dos alunos que teria ficado responsável de avisar o coordenador sobre o experimento e os ingredientes usados.

“Foi encaminhada cópia dos autos à Depai (Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais), a fim de que seja apurada a sua conduta, ato infracional possivelmente análogo ao crime de incêndio culposo com aumento de pena por resultar em lesão corporal”, concluiu a polícia.