Um casal de empresários foi preso por contratar pessoas para agredirem o ex-gerente de um restaurante, que acabou morto na madrugada da quarta-feira, 20, em um posto de combustíveis, no Jardim Goiás, em Goiânia (GO). De acordo com a Polícia Civil, a vítima exigia direitos trabalhistas de Caio Patrick Guimarães e Thage Mourthy, que a ameaçavam.
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Resumo:
- Suspeitos teriam sido contratados para “dar uma surra” na vítima, mas decidiram matá-la na hora;
- Após detidos, os investigados confessaram o crime e deram detalhes para a polícia;
- Delegado afirma que há a grande possibilidade de os mandantes terem desejado a morte da vítima.
As câmeras de segurança que registraram o crime mostram o momento em que a vítima conversava com o agressor e acaba gerando uma confusão, o que teria feito com que o investigado sacasse uma faca e golpeasse o ex-gerente, que tentou correr para uma farmácia, mas não resistiu aos ferimentos.
A defesa do casal de empresários declarou que o crime não foi planejado e que a verdadeira intenção era apenas assustar a vítima. Um morador de rua teria recebido valores entre R$300 e R$500 e sido levado para o local no intuito de realizar o serviço. Os mandantes do crime não esperavam que ele tivesse sido dessa forma. O pagamento teria sido efetuado no Pix e imagens mostram o casal entrando em um carro para fazer uma negociação, momentos antes do ocorrido.
De acordo com o delegado Vinícius Teles, três suspeitos foram presos pela Polícia Civil. “Após os levantamentos preliminares, foram identificados dois executores que teriam agido a mando de um casal de empresários. Um batalhão do GIRO conseguiu capturar um dos executores e o outro se apresentou espontaneamente.”
O delegado explicou que os suspeitos deram vários detalhes e esclareceram “quase cabalmente” as circunstâncias do crime. “A Polícia Civil representou pela prisão temporária do casal de empresários que os contratou para, segundo eles, ‘darem uma surra’, mas o contexto indica que há a grande possibilidade de a rigor, eles desejarem a morte da vítima ou no mínimo terem assumido o risco de que essa morte acontecesse”. Vinícius Teles também complementa que algumas diligências ainda são necessárias.