O presidente da GM para a América do Sul, Barry Engle, afirmou nesta terça-feira,18, que espera um crescimento de 12% a 14% para o mercado brasileiro de veículos em 2017, depois de uma queda prevista de 19% em 2016. A aposta do executivo é baseada na avaliação de que a frota brasileira já está velha, a uma média de 10 anos e 2 meses de uso, e que, portanto, há uma demanda reprimida pela aquisição de carros.

A expectativa de Engle é otimista em relação à media do setor. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera que mercado tenha um crescimento “próximo de dois dígitos” no ano que vem, ou seja, um pouco abaixo de 10%. A Fenabrave, que representa a concessionárias, prevê avanço de 5% para automóveis e comerciais leves e de 6% a 8% para caminhões.

Engle reconhece que o alto nível de desemprego e a restrição do crédito são fatores que devem jogar contra o mercado de veículos em 2017, mas destaca que, enquanto as vendas de veículos acumulam retração de 50% desde 2014, a média da renda do brasileiro teve queda real de 2%. “É uma grande diferença”, disse, durante evento do setor automotivo em São Paulo.

Outro executivo que participa do evento, o presidente da Fiat no Brasil, Stefan Ketter, evitou fazer previsões para o ano que vem, mas disse que, pelo menos, o mercado deve parar de cair. Para ele, o Brasil deveria focar mais nas exportações, já que, em uma projeção otimista, o volume de veículos vendidos no País deve chegar a 3 milhões de unidades em 2020, enquanto a atual capacidade da indústria brasileira é de produzir 5 milhões de unidades por ano.


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