Com mais de 40 anos de jornalismo, Glória Maria, que morreu nesta quinta-feira (2), após uma longa batalha contra o câncer, ficou conhecida, sobretudo, por reportagens que faz ao redor do mundo e pelas entrevistas com personalidades nacionais e internacionais.

Em 2020, ela foi a escolhida para ajudar a contar a história dos 70 anos da televisão no País – da qual ela própria faz parte – em uma reportagem do Globo Repórter.

Os dois programas foram apresentados por ela e Sandra Annenberg, que se uniram a Edney Silvestre, Renato Machado e Isabela Assumpção, e que contou com entrevistas de atores, personalidades e apresentadores.

“A gente pretende contar um pouco da história da televisão desde que ela surgiu. Vamos passar pela dramaturgia, pelo esporte, pelo jornalismo, pela música. É óbvio que não temos condições de mostrar tudo, primeiro, por causa do tempo e também muita coisa se perdeu”, disse Glória, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, por telefone, do Rio, na época.

A apresentação do programa especial marcou também o retorno de Glória ao Globo Repórter. Ela estava no programa há dez anos, mas precisou ficar afastada por nove meses, para passar por uma cirurgia no cérebro, após ter descoberto um tumor.

Com passagens pelo Jornal Nacional, pelo Jornal Hoje, entre outros, Glória já contou que foi para o Globo Repórter para concentrar as viagens pelo Brasil e poder cuidar mais das filhas, já que, no Fantástico, ela estava sempre em algum lugar do mundo.

“De repente, mudou tudo: estou muito mais no mundo (risos). Mudou de uma maneira natural, mas consegui administrar minha vida como mãe, e as viagens foram surgindo cada vez mais porque deram supercerto no programa”, disse.