Globo foi condenada pela Justiça a indenizar Veruska Donato, que trabalhou como repórter na emissora por 21 anos, por práticas misóginas e “imposição de padrões estéticos”. A jornalista deixou a casa em 2021, após ter ficado mais de 70 dias afastada com Síndrome de Burnout, e processou a empresa por misoginia e etarismo (preconceitos com mulheres e por idade).

+ Burnout: saiba como prevenir a doença ocupacional que atinge 15% dos brasileiros

A indenização por danos morais foi fixada em R$ 50 mil. A sentença, assinada pelo juiz Adenilson Brito Fernandes, ainda estipulou que a emissora pague R$ 70 mil a Veruska por direitos trabalhistas.

Em entrevistas prévias, a ex-repórter revelou que atos misóginos por parte da emissora se intensificaram quando ela completou 50 anos. Segundo Veruska, ela teria sido criticada pela chefia de figurino da emissora a respeito de “flacidez, rugas e gorduras fora do lugar”.

Segundo o “Estadão”, o juiz responsável ainda determinou que fosse anulado o contrato de pessoa jurídica da jornalista, obrigando a emissora a pagar benefícios como adicional por tempo de serviço, hora extra e adicional noturno. Cabe recurso.

A Globo nega as acusações.