ROMA, 9 MAR (ANSA) – O estilista italiano Giorgio Armani, dono da grife que carrega seu próprio nome, fez uma doação de 1,25 milhão de euros para quatro hospitais e para a Proteção Civil da Itália para ajudar na luta contra a epidemia de coronavírus que atinge o país. A verba será destinada aos hospitais Luigi Sacco, San Raffaele e o Instituto do Câncer, em Milão, e ao Instituto Spallanzani, em Roma, além das atividades da Defesa Civil. O anúncio foi feito pela grife italiano na noite deste domingo depois da divulgação do balanço sobre os casos confirmados da doença no país europeu. Segundo dados revelados hoje (9), a Covid-19 matou 463 pessoas e infectou mais de 9 mil. A epidemia também tem mobilizado outras grifes e artistas italianos. A influencer Chiara Ferragni e seu marido, o cantor Fedez, fizeram uma doação pessoal de 100 mil euros e lançaram uma campanha para arrecadar fundos ao Hospital San Raffaele em Milão, na tentativa de comprar novas camas para a unidade de terapia intensiva. O casal realizou a iniciativa com a colaboração do professor Alberto Zangrillo, chefe da unidade de terapia intensiva cardiovascular e geral do hospital, onde estão concentrados os casos mais graves de pacientes com insuficiência respiratória causada pela epidemia.   

A doação pode ser feita através do site: https://www.gofundme.com/f/coronavirus-terapia-intensiva.   

“Esperamos que esta iniciativa nossa conscientize as pessoas da Itália e do exterior sobre a emergência do Coronavírus em que estamos todos envolvidos”, explicam Ferragni e Fedez.   

No mês passado, a grife italiana Bulgari já havia feito uma doação para o Instituto Spallanzani, em Roma, uma das primeiras equipes médicas a isolar o DNA do coronavírus. O dinheiro permitiu ao hospital, especializado em doenças infecciosas, adquirir um sistema microscópico de aquisição de imagens, essencial para avançar nas pesquisas que levarão à prevenção e tratamento do vírus. A máquina está avaliada em cerca de 100 mil euros.   

Já Domenico Dolce e Stefano Gabbana decidiram apoiar a pesquisa liderada pelos professores Alberto Mantovani e Cecilia Garlanda da Universidade Humanitas, que investiga possíveis soluções para combater o vírus e é conduzida em colaboração com os virologistas Elisa Vincenzi e Massimo Clementi da Universidade San Raffaele. Ambos os institutos estão sediados na área de Milão. (ANSA)