A ginasta Rebeca Andrade, que já conquistou duas medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ficou em quinto lugar nesta segunda-feira (2) na final do solo.

A brasileira voltou a se apresentar ao som de uma versão instrumental de ‘Baile de Favela’ e obteve o quinto lugar com a nota 14.033.

A medalhista de ouro no Centro de Ginástica Ariake, na capital japonesa, foi a americana Jade Carey, com 14.366 pontos.

A italiana Vanessa Ferrari, também com uma ótima apresentação, levou a prata, com a nota 14.200.

A japonesa Mai Murakami e a russa Angelina Melnikova dividiram o bronze (nota 14.166)

Rebeca perdeu pontos ao colocar o pé fora do tablado durante sua apresentação. Mas ela não se abalou com o resultado, após uma participação memorável em Tóquio.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

A paulista se tornou a primeira ginasta brasileira campeã olímpica da história, ao vencer no salto.

– “Eu fiz história” –

“Jamais poderia esperar tudo que aconteceu aqui. O atleta de alto rendimento sempre quer ganhar medalhas, mas eu acho que ganhei muito mais que só as medalhas. Eu ganhei a admiração das pessoas, o respeito, eu fiz história. Eu representei um país inteiro. O peso destas medalhas está sendo muito grande e estou muito feliz de orgulhar todo mundo, principalmente a minha família e o meu treinador”, comemorou Rebeca, em declarações publicadas no site do Comitê Olímpico do Brasil.

Ela já havia conquistado a medalha de prata na quinta-feira (29), na final do individual geral, o que fez dela a primeira brasileira a conquistar duas medalhas em uma única edição dos Jogos.

“Estou muito feliz, muito grata com todas as apresentações desde o primeiro dia e por ter finalizado tão bem agora com o solo. Ter levado mais alegria ainda para o Brasil, para todas as pessoas que torceram por mim, que acreditaram no meu talento, as que me conheceram agora também. Repercutiu tanto e inspirou tantas pessoas, que não tem outra coisa que não seja gratidão”, acrescentou a ginasta brasileira.

“Eu me senti incrível. Não me senti pressionada para nada, para ganhar uma medalha para o Brasil, para acertar tudo. Foi uma coisa muito natural, que só fluía. O fato de eu pensar assim me ajudou muito a ter os bons resultados que tive aqui. Estou extremamente satisfeita com a minha performance em todos os aparelhos”, concluiu a carismática atleta de 22 anos.

A ginasta, de Guarulhos (São Paulo), superou lesões graves no joelho e cirurgias para conseguir a classificação a Tóquio-2020 e chegar ao maior momento de sua carreira nos Jogos Olímpicos.

A última cirurgia, em 2019, obrigou-a a ficar oito meses parada. Mas o adiamento dos Jogos de Tóquio-2020, devido à pandemia do coronavírus, lhe deu tempo para recuperar seu nível.

Em 2016, após a primeira operação, conquistou o ouro no salto na etapa do Mundial de Koper.

Na Rio-2016 ela havia conseguido apenas a décima primeira colocação.

aam/fp/aam



Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias