30/08/2019 - 16:34
Aos 34 anos, a modelo, atriz e apresentadora Gil Jung começou a carreira ainda jovem. Aos 20, foi selecionada por uma agência de modelos no Rio Grande do Sul e se mudou para São Paulo.
Na capital paulistana, participou de diversos trabalhos como modelo e logo começou a ser presença constante em programas de televisão como o ‘Domingo Legal’ (Piscina Legal)’, ‘Superpop’ e ‘A Noite é Uma Criança’, de Otávio Mesquita. Gil posou nua e estrelou a capa de três revistas masculinas, além de participar de diversos ensaios sensuais.
Em 2013 ocorreu um dos pontos mais altos de sua carreira quando estreou no Multishow o programa ‘Caravana’, considerado como uma nova versão do ‘Malícia’, que tinha o universo sexual como tema central dos episódios da atração.
Em entrevista à ISTOÉ, a modelo falou sobre como cuida do corpo, assédio sofrido ao longo da carreira e como pretende investir na carreira de atriz. Confira:
Você possui um corpo definido, mas já declarou que não se priva de nada para mantê-lo em forma. Como você faz para combinar as duas coisas?
Eu gosto de me sentir bem, então sigo uma linha mais regrada durante a semana e nos finais de semana me permito abusar um pouco. Se saio um pouco da linha e exagero em alguma comida, nada que uma boa compensada em exercícios físicos não resolva. Depois que descobri sobre a compensação consigo viver mais tranquila em relação a isso.
Você acredita que essa “pressão” por corpos definidos hoje em dia é menos forte do que há alguns anos?
Não. Ainda existe uma pressão da sociedade, não só em relação a estar com o corpo definido. Na realidade nunca vamos agradar a todos, então estar de bem comigo mesmo é o que realmente importa. Eu me cuido para mim, para eu me sentir bem, pensando nos outros seja me comparando ou tentando agradar a todos é muito frustrante e não faz bem. Desde que eu me conscientizei que é uma batalha minha comigo mesmo a minha vida ficou mais leve.
Como as pessoas lidam com quem fala abertamente sobre sexo? Em algum momento da sua carreira você já sofreu algum tipo de assédio simplesmente por ter apresentado programas sobre sexo?
Hoje em dia mudou um pouco o conceito em relação a isso, mas a 10 anos atrás quando começamos com o projeto no Multishow foi bem impactante para as pessoas aceitarem uma mulher de 23 anos fazendo perguntas e falando abertamente sobre o tema na televisão. E pelo que percebi isso é muito cultural também. Tive a oportunidade de interagir sobre o assunto em diferentes culturas, a Europa é bem mais aberta ao assunto do que os Estados Unidos,por exemplo. O Brasi fica em segundo lugar na minha opinião… já sofri muito assédio sim, até hoje preciso ter jogo de cintura pra lidar com isso, mas graças a Deus tiro isso de letra quando acontece. Eu amadureci muito e me empoderei, quem tenta tirar onda comigo nisso sempre sai perdendo.
Entre os seus ensaios nus e sensuais, qual foi o que você mais gostou de fazer e por qual motivo?
Acredito que o da Revista Sexy [2012] porque foi glamuroso e sensual, extraiu bastante minha essência. Ficou lindo e sensual na medida certa certa.
Você já afirmou que em um dos ensaios nus ficou com um pouco de vergonha da reação do seu pai. Como é para você trabalhar com a exposição do corpo e como ele lida com isso mesmo depois de tantos ensaios?
Hoje em dia mudou muita coisa, eu não faço mais ensaios sensuais, a não ser que seja para uma campanha de lingerie ou de biquíni, por exemplo. Tive muita vergonha sim, vim de um estado e cidade muito conservadores [Leopoldo no Rio Grande do Sul]. Meu pai é uma pessoa super conservadora, mas nunca deixou de me apoiar em minhas escolhas, assim como minha mãe, sempre torceram pelo meu sucesso. Meu foco hoje é totalmente diferente, as fotos são mais campanhas de jeans, e também estou investindo na minha carreira de atriz e estudo psicologia. Tudo na vida são fases. Sou muito grata por cada momento.
Quais são seus planos profissionais para o futuro?
Tenho investido na minha minha carreira de atriz, que é minha paixão. Estou no teatro na casa Agnaldo Silva de artes e logo estarei em cartaz em São Paulo. Também tenho investido muito em cursos de desenvolvimento humano e estou fazendo faculdade de psicologia.