O senador eleito pelo Sergipe, Alexandre Vieira (Cidadania), participou da live da ISTOÉ, nesta sexta-feira (14).Em meio à CPI da Pandemia, o parlamentar comentou os embates com o governo na Comissão Parlamentar, além da suspeita de compra de apoio político com o Orçamento Federal e a corrida eleitoral de 2022.

Para Vieira, a CPI atua de forma isenta e tem a missão de coletar provas importantes que podem apontar crimes de responsabilidade praticados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da crise sanitária, que ceifou a vida de centenas de milhares de vítimas.

“A falta de vacinas foi uma opção do governo. Todas as ações do presidente foram consciente”, afirma.

Delegado de polícia,

Membro da CPI do Covid, o senador entende que a gestão de enfrentamento à Covid deu as costas para a ciência na hora da compra das vacinas e no uso, e fabricação, de medicamentos ineficazes no combate à infecção.

“A gestão pública não pode ser feita em estruturas clandestinas. Estamos falando de vidas e bilhões de reais; aspectos que exigem total transparência”, alerta.

“Estava tudo na mesa do presidente Bolsonaro para ele escolher e a escolha foi a pior possível”, completa.

“Ser negacionista não é crime. Agora gerir a coisa pública com base no negacionismo, aí, sim, é crime”, avalia.

O delegado, natural de Passo Fundo no Rio Grande do Sul, também comentou o possível cenário político do Brasil nas próximas eleições presidenciais.

“Não podemos aceitar, em 2022, o compromisso de aceitar os extremos. Bolsonaro e Lula representam o retrocesso. Precisamos encontrar o caminho do meio. Mas, se os dois forem ao segundo turno, não vou defender o voto nulo ou a fuga para París”, conclui.