Geração de energia solar na UE bate recorde em junho, com 22,1%

ROMA, 5 AGO (ANSA) – A energia solar foi a principal fonte de geração de eletricidade na União Europeia no mês de junho, considerado um marco histórico para o bloco.   

Segundo relatório publicado nesta terça-feira (5) pela Ember, a energia fotovoltaica produziu 22,1% do total da eletricidade produzida pelos 27 Estados-membros, superando o gás (14,4%) e o carvão (6,1%).   

Os dados, divulgados pela Aliança Solar Internacional (ISA), revelam ainda que ao menos 13 nações da UE bateram um recorde mensal com a geração desta fonte, como Holanda (40,5%) e Grécia (35,1%). O mesmo se deu na Itália, onde a produção de energia solar em junho chegou a 42,6%, superando a hidrelétrica (37,3%), considerada a principal fonte renovável do país.   

“A Itália está entre os países onde a abundância de energia solar é capaz de oferecer benefícios em três eixos estratégicos decisivos”, declarou a Aliança de Energia Solar na Itália, acrescentando que “pode contribuir para o fortalecimento da segurança energética nacional: a geração solar em larga escala, distribuída e previsível reduz a dependência de combustíveis fósseis importados e a dinâmica geopolítica, garantindo maior estabilidade e resiliência”.   

Além disso, a aliança aponta ainda que “a energia solar pode desempenhar um papel fundamental na contenção dos custos da eletricidade, já que a alta disponibilidade de produção durante os horários de pico ajuda a reduzir os preços no atacado, com benefícios diretos para toda a economia”.   

“Por fim, a expansão da capacidade solar permite a substituição progressiva de combustíveis fósseis, acelerando a descarbonização do sistema elétrico, em consonância com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu e do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (Pnec)”, concluiu a Aliança de Energia Solar italiana.   

Segundo a instituição, o marco histórico da produção de energia fotovoltaica na UE demonstra “maturidade, eficiência e importância crucial desta tecnologia para o nosso futuro energético”. (ANSA).