Eleito Brasileiro do Ano na Cultura, Geovani Martins é considerado um fenômeno literário. Escritor de contos que relatam os constantes problemas entre o morro e o asfalto no Rio de Janeiro, principalmente com o livro ‘O Sol na Cabeça’. Nascido em Bangu, na zona oeste da capital fluminense, começou a escrever aos 14 anos. A música foi a porta de entrada para os textos que hoje faz sobre drogas, pobreza, polícia, armas e UPPs.

“Quero agradecer, primeiramente, a todos os que me guiaram até aqui. Queria agradecer minha família e o pessoal da Cia das Letras”, disse o vencedor do prêmio, em cerimônia nesta segunda-feira (3), no Credicard Hall, em São Paulo.

Emocionado, Geovani fez questão de relembrar sua infância difícil na periferia do Rio de Janeiro e fez um apelo a todos os presentes na celebração, além de dedicar o prêmio a professores, o Mestre Moa – assassinado em outubro – e a Marielle Franco – vereadora assassinada em março.

“Queria agradecer ao pessoal das bibliotecas públicas, aos professores. Esse prêmio também é de vocês. Queria agradecer também ao Mestre Moa e a vereadora Marielle Franco, que deu sua vida para que outras pessoas pudessem estar aqui. E quero deixar um apelo: se vocês se comovem com minha história, acredito que toda sociedade deve proteger as vidas de jovens das periferias”, afirmou.


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