O ex-deputado norte-americano George Santos, de 37 anos, deixou a Penitenciária Federal de Fairton, em Nova Jersey, na noite da última sexta-feira (17), após receber um perdão presidencial do mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump.
A informação foi confirmada por seu advogado, Joseph Murray, ao jornal The New York Times. Filho de brasileiros, Santos estava preso desde julho passado, após ter sido condenado a sete anos de prisão por fraude e falsidade ideológica.
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Em uma publicação em sua rede social Truth, Trump disse que o ex-deputado “era um tanto desonesto, mas há muitos desonestos em todo o país que não são obrigados a cumprir sete anos de prisão”.
O líder republicano afirmou ainda que Santos “está em confinamento solitário há longos períodos e, segundo todos os relatos, tem sido terrivelmente maltratado”.
“Por isso, acabei de assinar uma Comutação, libertando George Santos da prisão, imediatamente. Boa sorte, George, tenha uma ótima vida!”, escreveu o magnata, cuja decisão não anula sua condenação.
A comutação é parte de uma série de concessões de clemência política que Trump concedeu a seus aliados políticos.
Em sua postagem, Trump também destacou que Santos foi uma exceção, destacando que casos semelhantes não resultaram em prisão. Ele comparou a situação do ex-deputado ao do senador democrata Richard Blumenthal, a quem acusou de ter mentido sobre sua participação na Guerra do Vietnã.
Na visão do presidente, a atitude de Blumenthal é “muito pior”, ainda mais que Santos sempre votou alinhado com os republicanos.
O filho de brasileiros, que serviu no Congresso por apenas um ano antes de seus colegas da Câmara o destituírem em 2023, se declarou culpado no verão passado por fraude eletrônica federal e roubo de identidade qualificado.
Na ocasião, ele admitiu ter fraudado vários doadores e roubado as identidades de quase uma dúzia de pessoas, incluindo membros de sua família, para financiar sua campanha.
Como parte de um acordo judicial, Santos concordou em pagar aproximadamente US$ 580 mil em multas, além de cumprir sua pena de prisão. (ANSA).