Genro do opositor González Urrutia condenado a 30 anos de prisão na Venezuela

A justiça venezuelana condenou à pena máxima de 30 anos de prisão o genro do ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que qualificou a decisão como uma “retaliação” por sua reivindicação da vitória nas últimas eleições.

Rafael Tudares Bracho enfrentava acusações de “terrorismo” e a sentença foi informada por sua família, que denunciava seu “desaparecimento forçado”.

O Ministério Público ainda não respondeu a um pedido da AFP para confirmar a decisão.

Tudares Bracho foi detido em 7 de janeiro após ser interceptado por homens encapuzados quando se dirigia à escola com seus dois filhos, conforme descreveu à época González Urrutia, que atualmente está exilado na Espanha.

“Segundo me informaram as autoridades competentes, meu esposo Rafael Tudares Bracho teria sido condenado a 30 anos de prisão por supostos crimes graves previstos na legislação penal venezuelana, os quais, reafirmo, ele não cometeu: Rafael é inocente”, disse em comunicado Mariana González de Tudares, filha de González Urrutia.

González de Tudares afirmou que o julgamento teria ocorrido “em uma única audiência” de mais de 12 horas em 28 de novembro, sem que a conclusão da sentença fosse anunciada.

González Urrutia afirmou que esta é uma decisão “sem fundamento jurídico” e “incompatível com a Constituição”.

É uma decisão “usada como retaliação política para tentar me afetar e distorcer a vontade expressa pelos venezuelanos em 28 de julho de 2024”, acrescentou o diplomata, que afirma ter vencido Nicolás Maduro nas eleições do ano passado.

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