Conhecido por ser o genro e conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Jared Kushner ironizou o protesto dos jogadores de basquete da NBA. Os astros do esporte norte-americano fizeram boicotaram à competição por conta do racismo e violência policial no país.

Em entrevista do site Politico, Jared criticou a reação dos jogadores após mais um caso de violência policial envolvendo uma pessoa negra.

“Os jogadores da NBA (…) eles podem se dar ao luxo de tirar, sabe, uma noite de folga do trabalho”, disse Kushner.

“Por causa das suas finanças, a maior parte dos americanos não pode se permitir o luxo de fazer isso”, completou.

O adiamento dos playoffs da NBA foi desencadeado após o caso de Jacob Blake. No último domingo (23), o afro-americano, de 29 anos, levou sete tiros de um policial na frente dos filhos em Milwaukee, no estado norte-americano de Wisconsin.

“Acho bonito que estejam defendendo essa causa, mas gostaria de vê-los agir para encontrar uma solução concreta”, comentou Kushner.

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O episódio acabou desencadeando uma séries de protestos por todo o país, semelhante ao que aconteceu com a morte de George Floyd.

O time que representa a cidade onde aconteceu Jacob Blake foi alvejado, o Milwaukee Bucks, foi a primeira equipe a dizer que não iria jogar por conta do ocorrido. Na sequência,  Houston Rockets e Oklahoma City Thunder, Los Angeles Lakers e Portland Trail Blazers aderiram ao boicote.

As equipes estão em uma espécie de “bolha” na Disney World, na Flórida, para disputar o restante da temporada.

“Exigimos uma mudança. Estamos fartos disso”, escreveu LeBron James no Twitter.

Questionado sobre a posição de Lebron, o conselheiro de Trump disse que pretende conversar com o jogador para que a situação seja resolvida.

“Se LeBron James entrar em contato com a Casa Branca, e nós entrarmos em contato com ele, ficaremos felizes em falar com ele e dizer: ‘Olhe, vamos chegar a um acordo sobre o que queremos alcançar'”.

“Acho que o protesto pacífico tem lugar e importância”, lembrou Kushner.

“Não se melhora, você sabe, a equidade econômica com protestos e queimando lojas”, finalizou.


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