Entre as décadas de 1950 e 1990, o jazz foi reinventado várias vezes — e quase sempre pelo sopro criativo de um mesmo artista, o americano Miles Davis (1926-1991). Com uma capacidade incomum para testar formas que pudessem expandir as possibilidades sonoras do gênero, esse trompetista, compositor, arranjador e “bandleader” foi o principal responsável pela criação de estilos como bebop, cool, jazz modal e fusion. Passados 25 anos de sua morte, o legado do músico continua surpreendendo.

Item de colecionador, a caixa com gravações inéditas “Miles Davis Quintet: Freedom Jazz Dance: The Bootleg Series, Vol. 5”, traz três CDs que permitem acompanhar a evolução do artista em um de seus períodos mais fecundos, entre 1966 e 1968, quando era acompanhado por Wayne Shorter (sax tenor), Herbie Hancock (piano), Ron Carter (baixo) e Tony Williams (bateria). Há ensaios, versões alternativas das faixas dos LPs “Miles Smiles”, “Nefertiti” e “Water Babies” e conversas com os músicos. Entre as curiosidades, uma rara gravação caseira em que Miles, ao piano, mostra para Wayne Shorter “Blues in F (My Ding)”. Um documento histórico.


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