Por Alexandre Caverni

SÃO PAULO (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou 2 pontos percentuais para baixo e agora soma 47% das intenções de voto para o segundo turno da eleição presidencial contra 42% do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que variou 1 ponto para cima, mostrou nesta quarta-feira nova pesquisa Genial/Quaest.

Os indecisos somam 5%, ante 4% na sondagem anterior, enquanto os que disseram que votarão em branco ou nulo ou que não irão votar seguem em 6%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Em votos válidos, que não contam os brancos e nulos e os indecisos da pesquisa, Lula tem 53% contra 47% de Bolsonaro, de acordo com a pesquisa — na semana passada, esse placar era de 54% a 46%.

Quando esses dados são ponderados em relação ao grupo de eleitores com maior probabilidade de comparecer no dia da votação (modelo chamado de “likely voter”), Lula aparece com 52,8% dos votos válidos contra 47,2% de Bolsonaro, segundo a Quaest. Na semana passada, por esse modelo, o placar estava em 53,4% a 46,6%.

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, explicou na semana passada no Twitter que esse tipo de modelo já é utilizado por institutos norte-americanos há bastante tempo. Ele argumentou que muitas pessoas afirmam que irão votar, mas acabam não votando.

“É preciso criar um modelo que pondera o resultado pelas chances de cada indivíduo ir votar. O nosso modelo de likely voter foi construído a partir de dados do comparecimento real no 1º turno da eleição de 2022 e de pesquisas anteriores da Quaest”, disse Nunes no Twitter.

Depois dos resultados oficiais do primeiro turno, os institutos de pesquisa têm sido alvo de críticas, especialmente de Bolsonaro e aliados, por terem subestimado os números do candidato à reeleição na primeira votação.

De acordo com o levantamento divulgado nesta quarta-feira, 94% dos eleitores de Lula disseram que seu voto é definitivo, ante 93% uma semana atrás. No caso de Bolsonaro, essa definição está em 97%, ante 94%.

No tópico rejeição, 46% disseram que não votariam em Bolsonaro, ante 50% na semana passada, enquanto 43% disseram que não votariam em Lula, ante 42%.

A pesquisa também apontou que 39% dos entrevistados avaliam o governo Bolsonaro de forma negativa, mesma taxa do levantamento anterior, ao passo que 36% o veem positivamente, ante 33% antes. Para 23% o governo é regular, ante 26% há uma semana.

O levantamento do instituto Quaest contratado pela corretora Genial Investimentos ouviu 2.000 pessoas em entrevistas presenciais entre domingo e terça-feira.

 

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