ADIS ADEBA, 27 NOV (ANSA) – Os militares de Guiné-Bissau anunciaram nesta quinta-feira (27) a nomeação de um general como presidente interino do país, um dia após um golpe em que detiveram o mandatário em fim de mandato e interromperam o processo eleitoral em curso.
Em um novo capítulo de instabilidade política no país, os oficiais confirmaram o general Horta N’Tam como presidente e chefe da junta golpista por um ano.
A declaração foi dada em cerimônia realizada no quartel do Exército, sob forte esquema de segurança, com dezenas de soldados fortemente armados posicionados no local.
“Acabei de tomar posse como chefe do Alto Comando”, declarou o general ao final do evento.
O golpe resultou na prisão do presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, detido pelos militares na quarta-feira, juntamente com outros altos funcionários públicos.
O “alto comando” responsável pela tomada de poder afirmou ter assumido o “controle total do país” e anunciou a suspensão do processo eleitoral em curso.
Em Adis Abeba, a União Africana condenou “de forma inequívoca” o golpe militar, exigindo a libertação “imediata e incondicional” de Embaló e de todos os membros do governo detidos.
Em comunicado oficial, a organização pediu ainda “máxima contenção” das partes envolvidas para evitar o agravamento da crise política e social no país. (ANSA).