O chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, o general Mark Milley, alertou nesta segunda-feira (17) Israel sobre os riscos do conflito com o Hamas se espalhar para além de Gaza, enfatizando que “a continuação dos combates não interessa a ninguém”.

“Ninguém nega a Israel o direito de se defender”, afirmou o general Milley a repórteres em um avião com destino a Bruxelas, onde participará de uma reunião de chefes de Estado-Maior da Otan.

Mas “civis estão sendo mortos, crianças estão sendo mortas”, acrescentou o general, enquanto os Estados Unidos mais uma vez se opõem à publicação de uma declaração do Conselho de Segurança da ONU que pede o “fim da violência” entre israelenses e palestinos.

Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza continuaram nesta segunda-feira, depois de uma semana que matou mais de 200 pessoas no enclave palestino, enquanto o movimento islâmico Hamas continua a disparar foguetes contra Israel.

“Israel tenta se defender”, acrescentou o general. “Dito isso, o nível de violência é tal que a continuação dos combates não interessa a ninguém”.

Questionado sobre um possível envolvimento iraniano em apoio ao Hamas, Milley observou que “este nível de violência está desestabilizando além dos limites de Gaza”.

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“Quaisquer que sejam os objetivos militares, as consequências devem ser consideradas”, continuou. “Na minha opinião, desescalada é o que deve ser feito, neste momento, por todas as partes envolvidas.”

Desde o início das hostilidades em 10 de maio, 200 palestinos morreram em Gaza, incluindo 59 menores, e mais de 1.300 ficaram feridos, de acordo com um balanço palestino.

Do lado israelense, dez pessoas morreram, incluindo uma criança, e 294 ficaram feridas por foguetes.


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