Uma análise do marca-passo do lendário ator de Hollywood Gene Hackman revelou que sua última atividade foi registrada nove dias antes de ele e sua esposa serem encontrados sem vida em sua casa no estado do Novo México, no sudoeste dos Estados Unidos, informou o xerife local nesta sexta-feira (28).
“Foi feita uma perícia inicial do marca-passo do senhor Hackman. Este revelou que seu último evento foi registrado em 17 de fevereiro de 2025”, declarou o oficial Adan Mendoza aos jornalistas. “Acho que é uma suposição muito boa de que esse foi seu último dia de vida”, sustentou.
Os corpos do ator de 95 anos e de sua esposa, a pianista clássica Betsy Arakawa de 63, foram encontrados na cidade de Santa Fé na quarta-feira, ao lado do corpo de um de seus cães.
As autoridades não encontraram indícios de crimes, mas consideraram as mortes “suficientemente suspeitas” para iniciar uma investigação.
Quando o casal foi encontrado, havia comprimidos espalhados ao redor de Arakawa no banheiro, com um aquecedor junto de sua cabeça. Seu corpo já estava em decomposição.
O corpo de Hackman, no entanto, estava no cômodo ao lado, com roupas postas e óculos de sol próximos.
Mendoza acrescentou que uma intoxicação por monóxido de carbono “parece descartada”, após a realização de testes. Essa hipótese foi sugerida pela família à imprensa.
Também não foi encontrado “nenhum traumatismo” nos corpos parcialmente mumificados do casal, explicou o oficial.
Hackman apareceu pela última vez no cinema na comédia “Uma Eleição Muito Atrapalhada” (2004) e anunciou oficialmente a sua aposentadoria em 2008.
Na década de 1970, o ator se tornou figura de destaque do movimento da “Nova Hollywood”, a renovação criativa do cinema americano entre 1960 e 1980 marcada por filmes emblemáticos como “Sem Destino” de Dennis Hopper, “Laranja Mecânica” de Stanley Kubrick e “Taxi Driver” de Martin Scorsese.
Venceu duas estatuetas do Oscar, incluída a de melhor ator em 1971 por seu papel em “Operação França”, no qual interpreta o lendário policial Jimmy “Popeye” Doyle.